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Olá, sejam bem vindos!

Somos um grupo de formação do Curso de Agente em Geriatria e fizemos este Blog para dar a conhecer o nosso tema de vida: Portugal de lés-a lés. Aqui os navegantes da net poderão descobrir o nosso País. Gozem a viagem e deixem-nos os vossos comentários.

29/03/11

Móveis Alentejanos

Entre os destaques do artesanato português, encontram-se os tradicionais móveis alentejanos, pintadas com esmalte, com fundos brancos, azuis ou vermelhas, decoradas com flores e pétalas, unidas com laços coloridos. A beleza destes móveis resulta da sua simplicidade e frescura das pinturas, que os tornam únicos e muito apreciados. São os artesãos que normalmente preparam as tintas, misturando óleo de linhaça e secante com pigmentos. Entre as peças mais características temos mobílias de quarto (cama, escrivaninha, banquinha de cabeceira, a arca e cadeirinha). Não há quem fique indiferente ao mobiliário artesanal alentejano.

A Guitarra de Lisboa


A Guitarra Portuguesa de Lisboa é fabricada por artesãos. Estes utilizam diversos tipos de madeira para a sua construção (pau-santo, acerou mogno, spruce ou pinho de Flandres). A Guitarra de Lisboa distingue-se pelo seu timbre inconfundível, reconhecido em qualquer parte do mundo. É um instrumento musical carregado de simbolismo, sempre de mãos dadas ao fado.

Tapetes de Arraiolos

Bordados ao longo de séculos, os tapetes de Arraiolos são dos mais afamados de Portugal. São tapetes bordados em lã sobre uma tela de juta ou serapilheira, com um ponto típico e próprio desta vila alentejana, famoso a nível nacional e internacional. Possuem cores muito bonitas, variadas e muito bem combinadas. Os motivos são diversos. É frequente ver as bordadeiras sentadas à porta de casa, em dias de sol, a bordar os tapetes. Os ensinamentos são passados de geração em geração.

Bonecas típicas da Nazaré


Quem visita Portugal não resiste em comprar estas bonecas típicas desta região. São bonecas vestidas com o traje de festa ou de trabalho das mulheres da Nazaré, com as suas sete saias, que evidenciam a ligação desta terra ao mar.

Louça de Alcobaça

A louça de Alcobaça é bastante procurada. Na sua confecção são utilizados barros brancos daquela região e na decoração costumam ter um fundo branco e desenhos em azul. Estas peças de barro reproduzem a antiga faiança Portuguesa.

Bonecos de Folhas de Milho - (ilha de S. Miguel, Açores)

Em tempos idos, por alturas da desfolhada, era costume fazerem-se bonecas para as crianças, utilizando como matéria-prima as folhas que revestem as maçarocas e as barbas do milho. Actualmente, é um objecto de decoração, comprado pelos turistas que visitam os Açores.

Bordados das Caldas da Rainha

O bordado das Caldas da Rainha é também conhecido por “bordado Rainha D. Leonor”, porque quando a Rainha e as suas aias permaneciam naquela região tinham por hábito, nos tempos livres, fazer bordados com aspecto idêntico aos que vinham da Índia. Este bordado filigrânico é feito sobre linho grosso e os seus motivos são as espirais, os aranhiços e os corações. Quanto às cores utilizadas sobressai o azul, o castanho, a cor de mel ou a cor de canela. Este bordado recorre a pontos especiais como: caseado, formiga, pé de galo, recorte, grilhão e espiga.

Filigrana de Travassos

A Filigrana é uma arte/técnica portuguesa de trabalhar o ouro em fio, um processo demorado e delicado já que o fio é da espessura de um fio de cabelo. Este fio delicado é curvado e enrolado segundo o gosto do ourives, dando origem a espirais, SS, ou rodilhas do qual no fim saem peças originais. Uma das peças mais características é o tradicional “coração minhoto”, que é um adorno usado do traje feminino minhoto.

Brinquinho da Madeira

Não há quem não conheça este típico instrumento musical do folclore madeirense. Composto por um conjunto de bonecos de pau, vestidos com o traje característico da região, dispostos numa cana de roca. Distribuídos em dois círculos, com castanholas às costas, estes bonecos batem ao compasso da dança tradicional madeirense, designada por "bailinho da madeira".

Lenço dos Namorados

Tradicionais de Viana do Castelo, os lenços dos namorados são feitos em linho ou algodão originalmente bordados com vários motivos e dizeres pelas moças em idade de casar. Fazia parte do ritual que os mesmos fossem entregues ao rapaz amado. Os lenços, representam o sentimento da rapariga em relação ao rapaz, no qual ela escreve pequenos versos de amor, ou símbolos. Damos conta muitas vezes, de erros ortográficos nestes lenços, que denunciam a falta de instrução da época. Se o amor fosse correspondido, o homem usaria o lenço em público. Se este aceitasse, poria o lenço por cima do seu casaco domingueiro, colocava-o ao pescoço com o nó voltado para a frente, usava-o na aba do chapéu ou até mesmo na ponta do pau que era costume o rapaz trazer consigo.

Pandeiro de Trás-os-Montes

O pandeiro de Trás-os-Montes tem uma forma quadrada e é feito em pele. Este instrumento é tradicional de zonas ricas em pastorícia. Na região de Trás-os-Montes e no Alentejo chama-lhe pandeiro , mas na Beira Baixa e Beira Alta é mais conhecido por Adufe. O Pandeiro ou Adufe aparece associado à música vocal popular tradicional, sendo feito e tocado pelas mulheres.

Figurado de Barcelos

O figurado de Barcelos são figuras modeladas à mão, pintadas com cores vivas e vidradas. Entre o figurado de Barcelos encontramos a realidade típica do mundo rural como os lavradores, juntas de bois, bandas de música, presépios, padres, procissões, o galo a galar a galinha. Outras figuras são inspiradas pelas lendas locais, como bruxas e lobisomens e apitos para crianças. Nas feiras reflecte-se toda a cor deste artesanato.

Colchas da ilha de S. Jorge, Açores

As famosas colchas, fabricadas em teares artesanais, que são produzidas na freguesia da Fajã dos Vimes, são um dos tesouros mais representativos da Ilha de São Jorge.

Cantarinha dos Namorados (Guimarães)

Tradicional do artesanato regional, a Cantarinha dos namorados ou cantarinha das prendas de Guimarães serviam para as noivas guardar as prendas que o noivo e os pais lhe davam, principalmente prendas em ouro como cordões, tranceletes, corações etc. Feita em barro vermelho e ornada com motivos arcaicos povilhados de mica branca, eram também usadas como símbolos de aceitação ou rejeição do namorado. Quando um rapaz se decidia em ir pedir a mão de uma rapariga à família dela, oferecia à rapariga a Cantarinha das Prendas. Se a Cantarinha era aceite, o pedido particular estava feito e, a partir daí, ficavam comprometidos um com o outro. Existem as Cantarinhas grandes que são símbolo da abundância, do futuro, da esperança e as Cantarinhas pequenas, símbolo da vida real, das incertezas do futuro e das pequenas felicidades do quotidiano.

Artesanato em cortiça

Em São Brás de Aljustrel, concelho Algarvio, fabricam-se as melhores rolhas de cortiça do mundo, utilizadas pelas melhores marcas de vinho e champanhe.Na serra do Caldeirão a cultura do sobreiro é motor do desenvolvimento local, sendo usada para alguidares, malas, sapatos, revestimentos de piso, etc.O processo de tratamento da cortiça é moroso e exige técnicas especiais que os Algarvios conhecem bem. Uma vez extraída do sobreiro, a cortiça é deixada a secar durante seis meses, sendo posteriormente cozida e colocada em repouso entre duas a quatro semanas. Só depois de separada de acordo com a textura e o calibre, prensada e atada, a matéria-prima fica pronta para ser transformada.

Aventais do traje minhoto

Típico de Viana do castelo é um elemento muito rico e indispensável nos fatos regionais. Feitos em tear em cores e desenhos variados em harmonia com o fato, os mais difíceis de executar são os aventais de puxados. A grande maioria tem bordado no cós, a ponto de cruz, a palavra amor ou ainda as iniciais da pessoa que o usa.

Galo de Barcelos


O galo de Barcelos é uma das mais famosas peças de artesanato de Portugal, estando a sua origem ligada a uma lenda de Barcelos. É uma das figuras mais representadas e características do artesanato local e nacional, sendo muito frequente a sua representação em cerâmica, metal e tecidos. Geralmente, surge representado com uma crista vermelha e um corpo negro, decorado com corações e pontos de várias cores. Com tantas recriações tornou-se um símbolo nacional. Não há português que desconheça a lenda do Galo de Barcelos, que terá cantado apesar de estar morto, em defesa de um homem injustamente acusado.

Carrinho de Monte

É utilizado no transporte artesanal para turistas considerado, uma espécie de canastra. O carro e arrastado por dois homens os “ carreiros” que estão vestidos com fatos brancos e botas de chã e chapéu de palha. Os “carreiros”controlam a ajuda de cordas, ou salientar o que os turistas consideram este passeio bastante emocionante.

Monelhas de Arco de Valdevez - Distrito de Viana do Castelo

São um enfeite artesanal aplicado entre os chifres do gado bovino, para proteger os olhos dos animais. Estes admiráveis enfeites feitos em couro e almofadados em palha de centeio, são típicos do Minho.

Toalhas e Cobertas de Linho - (Ponte de Lima – distrito de Viana do Castelo)

Famosas são as toalhas e cobertas de linho de Ponte de Lima. Tecido em teares manuais, o linho é depois vaidosamente decorado com desenhos em relevo: coroas de rei, lanternas, cachos de uvas, flores entre outros. Estes trabalhos produzidos de forma artesanal não são para todas “as bolsas”, embora se vendam por todo o Alto Minho, sendo inconfundível a cor natural do linho.

Cavaquinho de Braga

O cavaquinho é um instrumento popular de pequenas dimensões, com tampos chatos e quatro cordas, que soa por dedilhado. Oriundo e procedente de Braga, o cavaquinho foi criado pelos Biscainhos, sendo usado em situações de carácter lúdico. O cavaquinho é produzido por artesãos experientes e afamados, tendo uma afinação própria da cidade de Braga que é ré-si-lá-mi. Além de Portugal, é utilizado em Cabo Verde, Moçambique e Brasil.

A Camisola Poveira - (Póvoa do Varzim - distrito do Porto)

A Camisola Poveira é o traje tradicional masculino de festa e romaria da Póvoa de Varzim. Feitas em lã, são utilizadas três cores: o branco (a cor da malha), o vermelho e o preto (motivos bordados a ponto cruz). Inicialmente era feita em Azurara e Vila do Conde, sendo bordada na Póvoa pelas mães, esposas e noivas dos pescadores. Hoje em dia, as camisolas poveiras são apenas produzidas por artesãs. Os motivos tradicionais são apetrechos marinhos, remos cruzados, barcos, siglas, o Brasão da Póvoa de Varzim e o escudo nacional. A produção destina-se a lojas de recordações turísticas.

15/03/11

“Movimento Perpétuo Associativo”

Numa sessão anterior de linguagem e comunicação ouvimos uma música dos Deolinda intitulada “Movimento Perpétuo Associativo”. Podem ouvi-la aqui:



Como a música tem uma letra que reflecte o espírito do povo português, resolvemos fazer algumas versões alternativas, que poderão ler abaixo, e até cantá-las!
Oiçam, cantem e divirtam-se tanto como nós nos divertimos a escrevê-las.

Agora sim, nós vamos arrancar!
Agora sim, nós vamos a seguir!
Agora sim, ninguém nos vai parar!
Vamos em frente, vamos partir!

Agora não, que não me apetece…
Agora não, que eu vou almoçar…
Agora não, porque não me parece…
Amanhã vou-me chatear…

Agora sim, nós temos de lutar!
Agora sim, nós temos de insistir!
Agora sim, nós vamos batalhar!
Para o amanhã existir!

Agora não, que eu vou descansar…
Agora não, que eu quero dormir…
Agora não, que eu tenho frio…
Vão sem mim que eu vou a seguir…

Rute Baptista

Agora sim, é tempo de lutar!
Agora sim, a força nos uniu!
Agora sim, temos de mudar!
Vamos em frente o tempo nos traiu!

Agora não, vou passear o cão…
Agora não, porque está frio…
Agora não, tenho de ir ao pão…
E o comboio já partiu.

Agora sim, nós temos de ir!
Agora sim, temos de andar!
Agora sim, nós vamos seguir!
Porque ninguém nos vai parar!

Agora não, estou com comichão…
Agora não, estou-me a coçar…
Agora não, porque o meu coração…
Hoje não está para amar.

Sandra e Susana Pinto

Agora sim, não vamos mais faltar!
Agora sim, vamos todos à luta!
Agora sim, vamo-nos dedicar!
Vamos em frente vencer esta disputa!

Agora não, já me dói a cabeça
Agora não, tenho de ir ao médico
Agora não, vou ver uma peça
Tenho de ir descansar.

Alice e Lúcia

Agora sim, vamos mudar isto!
Agora sim, é hora de lutar!
Agora sim, não penses mais nisso!
Vamos em frente, ninguém nos pode parar!

Agora não, que eu estou cansada…
Agora não, que me vou deitar…
Agora não, quero estar sentada…
Eles não têm nada para me dar.

Agora sim, a vida está tramada!
Agora sim, tenho que me virar!
Agora sim, já não sou enganada!
Vamos em frente, há muito para mudar.

Agora não, quero ver a novela…
Agora não, tenho de ler a revista…
Agora não, eu estou a janela…
Não me chateiem, não sou fascista.

Maria da Luz e Carla Vieira

Agora sim, vamos lá chegar!
Agora sim, vamos conseguir!
Agora sim, vamos incentivar!
Vamos em frente é a hora decidir!

Agora não, estamos a ver a televisão…
Agora não, está muito frio…
Agora não, tenho uma reunião…
Acabou de chegar o meu tio.

Joana

Agora sim, começa a semana!
Agora sim, são horas de acordar!
Agora sim, toca a sair da cama!
Vamos em frente continuar a estudar!

Agora não, quero ir lanchar…
Agora não, ainda é muito cedo…
Agora não, não me posso levantar…
Porque tenho de preguiçar!

Maria Mendes e Domingas Silva