
A revista Portuguesa na altura sentiu-se lisonjeada com essa vedeta estrangeira, que já tinha estado em Portugal no teatro S Carlos. Em 1918 escrevem um papel que lhe assenta que nem uma luva: “GiGi”, na opereta Conde Barão. Tornou-se esse ano esposa de Estêvão Amarante; sendo o casal bonito do público português. Esse casamento iria durar até 1930.
A companhia Santanela-Amarante fixa-se no teatro Avenida. Revistas como Miss Diabo, Água-pé são grandes êxitos de cartaz… É nessa altura que surge o bailarino Francis que coreografa grandes fantasias para ele e Santanela. Não só a elegância de Santanela atrai o publico, é também a sua graça refinada como é o caso da rábula Alegria das hortas.
Não era mulher de ficar parada e o público acolhe-a e mostra que, mesmo sem Amarante, tinha o seu lugar… A revista O canto da cigarra é um tremendo sucesso; a própria Santanela supervisiona a feitura dos seus figurinos e fatos de fantasia. Volta aos grandes êxitos com as revistas Areias de Portugal (1932), Pernas ao leu (1933),Loja do Povo e Sardinha Assada”.
Em 1935 volta para o Brasil, regressando apenas a Portugal em 1945 onde na revista Vitória faz um tremendo êxito; logo seguida de outro: Travessa da espera. A sua última revista foi Banhos de sol; reaparece, tempos depois, na opereta O Conde Barão, (reposição) e Passarinho da Ribeira, a sua última aparição em cena.
O SNI dá a Santanela a concessão da Pousada de Óbidos, que gere afastada do teatro e no mais profundo silêncio. A cortina da vida fechou-se de vez para Santanela em 1974.
Sem comentários:
Enviar um comentário